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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

ENERBIOS vai à Argentina para conhecer o cenário do FRACKING no país

Sempre preocupada com a geração renovável e a eficiência energética, a Enerbios ultrapassou fronteiras e foi até a Argentina para conhecer mais sobre o cenário de uma técnica polêmica de extração do gás de xisto pelo processo fracking. De 4 a 7 de novembro, o diretor-presidente Ivo Pugnaloni viajou pelas províncias de Neuquén e Rio Negro, onde a prática está em seu inicio, para participar em uma série de compromissos ligados a esse assunto.


Neuquén é uma província localizada na região da Patagônia, conhecida principalmente turisticamente fora da Argentina pelo frio – a média de temperatura é de -10ºC – e suas estações de esqui. No entanto, um potencial ainda maior que o turístico desta região não é visível para qualquer um. Trata-se de uma grande quantidade de petróleo e gás de xisto que está escondida no subsolo em uma formação rochosa chamada “Vaca Muerta”, considerada um dos maiores reservatórios do planeta.

Um potencial que começa a ser explorado por meio do fracking (ou “fraturamento hidráulico”, em português), uma técnica que oferece riscos e é altamente prejudicial tanto ao meio ambiente quanto às populações próximas da área em que essa prática acontece. Ela consiste em perfurar e injetar fluídos químicos no solo, com a finalidade de elevar a pressão e fazer com que haja a fratura das rochas – e, consequentemente, a liberação do gás natural. Para que isso aconteça, porém, há riscos de ocorrer a poluição das águas subterrâneas e da atmosfera por meio desses fluídos tóxicos.

Na Argentina, a necessidade de se realizar o fracking nesta região de Neuquén é causada por uma demanda da matriz energética do país. Segundo o Instituto Argentino de Petróleo e Gás (IAPG), ela é dependente 52% do gás e 35% do petróleo. Aliado a isso, esse potencial patagônico é uma “luz no fim do túnel” de caráter econômico pelo fato das demais reservas argentinas terem começado a se esgotar e obrigaram o governo a importar essas substâncias. Algo que compromete cerca de 10% do orçamento nacional.

Diante de todo esse panorama, existem várias frentes na Argentina que são contra a extração do “shale gás” por meio do fracking – assim como acontece também no Brasil.

Para conhecer o cenário do país vizinho, o presidente Ivo Pugnaloni foi até Neuquén e contou com uma agenda cheia de compromissos. Aconteceram encontros com autoridades locais dos Poderes Executivo e do Legislativo, com produtores de maçãs e peras, com membros da academia e dos movimentos populares.

Houve ainda encontro com lideranças locais dos campesinos e empresários rurais para saber dos cenários existentes com a exploração do xisto e possíveis interferências com a fruticultura, que é a grande geradora de receitas da província. Na tarde desta quinta-feira ocorreu o encontro com o secretário Ricardo Esquivel, de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, bem como as autoridades ambientais da Província de Neuquén, responsáveis pelo licenciamento ambiental da exploração dos campos de produção e fiscalização para verificar os procedimentos e cuidados nos processos.

Com relação às visitas, Ivo Pugnaloni foi até propriedades diversas das áreas de produção para compreender as vantagens e riscos existentes com a tecnologia da extração do gás não convencional.

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